Robert Pattinso estrela em ‘Água Para Elefantes’
Desculpe, senhoritas. Na luz do dia, a pele de Robert Pattinson não brilha como diamantes. Ele nem é estranhamente pálido. O mais próximo que ele chega do seu personagem vampiro dos sonhos é quando, no decorrer da conversa, ele distraidamente bagunça o cabelo em algo parecido como o seu ‘morto-vivo’ faz. Talvez a coisa mais surpreendente sobre o Sr. Sanguessuga Gatão em pessoa é a forma mansa como ele fala.
Isto é, até que um visitante indesejado aparece na varanda.
“Jesus, pensei que o corvo ia entrar no quarto”, diz ele. “Isso seria um mau presságio!”
O grande pássaro preto se estabeleceu ameaçadoramente sobre o corrimão, voltado para fora, mas ocasionalmente olhando por sobre seu ombro como se quisesse dizer: “Eu te vejo.”
Aves ameaçadoras
“Estranho,” Pattinson diz, rindo. “Tenho tido más experiências com pássaros. Acabei de pegar um cachorro e estava tentando fazer ele fazer xixi na sacada e tinham esses enormes gaivotas que não têm absolutamente nenhum medo de pessoas. Eu realmente pensei que uma gaivota ia pegar o meu cachorro. Assustador.”
Animais e animosidades são componentes principais no novo filme de Pattinson, o romance da era da Depressão “Água Para Elefantes”. Pattinson interpreta Jacob, um estudante de veterinária de outrora que, depois de uma tragédia pessoal, essencialmente foge com o circo. Lá ele encontra a performer Marlena (Reese Witherspoon), que é tão encantadora quanto seu marido, o charmoso, mas desequilibrado proprietário do circo August (Christoph Waltz), é desconcertante. A teia torna-se mais emaranhada quando grande nova aquisição de August – um elefante – entra nela.
“Não acho que houvesse uma coisa com os elefantes que não fiz”, diz Pattinson, embora não impressionado com esse fato. “Eles eram animais muito legais. Tudo foi muito fácil. A primeira vez que encontrei Tai, ela estava com uns cinco ou seis outros elefantes indianos totalmente crescidos. Eles estavam andando por lá, mas nunca, nunca iria pisar em você. Mesmo com as patas traseiras, eles são muito sensíveis ao que está acontecendo ao seu redor. Gary, o treinador deles, disse: “‘Senta’, e todos sentaram, como um cachorro senta. Eu simplesmente pensei, não importa como fique esse filme, quero trabalhar com este elefante.”
Elefante Cheio de Vida
Elefante Cheio de Vida
Mesmo na galeria de rápido crescimento de protagonistas encantadoras de Pattinson, Tai se classifica lá por beleza e olhar significativo. E ela era consideravelmente uma coadjuvante mais fácil, aparentemente, que os cavalos com os quais Witherspoon contracenou, por exemplo.
“Reese caiu do cavalo uma vez. Ela foi pisada um monte de vezes”, diz Pattinson. “Eu vi acontecer durante as cenas, e ela não disse nada, continuou em cena.”
Ele faz uma cara de choque com a boca fechada e olhos arregalados, e ri de novo. “Mas é, ela é bem durona. Em uma cena, os cavalos estavam correndo a menos de 1 metro dela, e os cavalos pisam em você; não é nada como o elefante, e se algo der errado, eles surtam. Mas ela foi tão tranquila com eles. Os cavalos se comportavam de forma ligeiramente diferente com ela do que comigo. Ela tem uma coisa. Eu tenho uma coisa com elefante, ela tem uma coisa com cavalo.”
Pattinson está confortável o suficiente com seu magnetismo animal para fazer muito do seu humor auto-depreciativo. Ele reconhece que, tendo trabalhado anteriormente com Witherspoon – ainda que brevemente, e para nada, pois suas cenas acabaram cortadas em “Feira das Vaidades” (2005) – foi uma fonte de conforto.
“‘Feira das Vaidades’ foi meu primeiro trabalho e eu estava completamente em pânico com isso”, diz ele. “Ela veio ao meu trailer e disse que queria praticar as falas ou algo assim. Ela é realmente doce e descontraída. Quero dizer, nós não saimos nem nada, mas nós meio que sentimos que conhecíamos um ao outro quando me encontrei com ela novamente.”
O estranho de fora
Ainda assim, ele estava maravilhado com seus colegas. “Quando você vê Christoph e Reese e eles são ambos vencedores do Oscar e eles são grandes estrelas de cinema – também, eles têm os grandes papéis, eles têm o tipo de papéis altos – Chego no pensamento, ‘Eu sou o estranho de fora aqui, e também estou em cada cena.’ Você fica um pouco preocupado.
“Ela tem uma aura incrível no set. Os dias que ela estava lá eram tão diferentes dos dias em que ela não estava. Ela definitivamente cria uma vibe muito legal, e todo mundo fica mais feliz quando ela está por perto. Eles ficam quase deprimidos quando sou só eu”, diz ele, rindo.
Era difícil ficar deprimido perto de Waltz, no entanto.
“Ele é extremamente engraçado. Ele tinha acabado de fazer a paródia no Jimmy Kimmel, ‘Der Humpink’. É uma das paródias mais engraçadas que já vi na minha vida”, diz ele do encontro com Waltz. Para o registro, “Der Humpink” é um desenho completamente louco que se pode encontrar online – mas depois ninguém nunca mais poderia ser capaz de olhar para o coronel Hans Landa de “Bastardos Inglórios” da mesma maneira… ou se sentir à vontade sobre suas indagações sobre a vida naquela fazenda francesa.
“Ele é muito, muito bom em fazer qualquer coisa parecer simpática. Ele é meio que, no livro e no roteiro, apenas um maluco. Mas não acho que Christoph quis interpretar isso à risca”, diz Pattinson. “Mas Jacob continua tentando roubar sua esposa, então onde está o final feliz? Ele destruiu o negócio desse homem trabalhador, rouba sua mulher.”
O britânico Pattinson confessa uma predileção de um estrangeiro pelos anos 1930 americano, depressão e tudo, por tão irônicamente americano eles parecem ser para ele. Ele pegou referências de filmes de Gary Cooper para ajudar a criar o seu personagem em “Água Para Elefantes”. Mas foi outro astro norte-americano, interpretanto a versão mais velha de Jacob, que surpreendentemente se conectou com o jovem ator.
“A primeira coisa que Hal Holbrook me disse foi” – Pattison imita bem a voz rouca de Hal Holbrook – “‘Você parece exatamente como eu!’ Ele veio alguns dias para ver o jeito que eu ando e outras coisas. ‘Você anda exatamente do mesmo jeito que eu. E você parece comigo e soa como eu.’ Eu estava olhando as fotos dele quando era mais jovem, e ele realmente parece… temos estruturas corporais muito semelhantes. É realmente estranho. Eu não me importaria acabar como Hal Holbrook.”
Robert Pattinson
Nascimento: 13 de maio, 1986, em Londres
Não o chamam de “Spunk Ransom”: Apesar dos relatos persistentes, soando confuso, Pattinson afirma que não é um de seus apelidos. “Isso foi como uma piada que eu disse em entrevista alguns anos atrás, e por algum motivo, simplesmente não vai embora. Tantas coisas que eu disse, elas nunca desaparecem.”
Construtores de currículo: Fez sua estréia – quase – em “Feira das Vaidades”. Arrebatou corações pela primeira vez em “Harry Potter e o Cálice de Fogo” (2005) como o nobre Cedrico Diggory. Além dos filmes de vampiros e “Lembranças”, esteve também em filmes menores como “How to Be” (2008), no qual ele toca violão como o menino com rosto de boneca Art e “Little Ashes” (2008), no qual ele interpreta o artista Salvador Dali. Sério mesmo.
E ele também é músico: Ele aparece na trilha sonora de “Crepúsculo” e “How to Be”. “Três dos meus melhores amigos são músicos realmente bons”, diz ele. “Eles estão sempre tocando o tempo todo, é o que me meteu disto. Nós todos costumávamos a competir uns com os outros em noites de karaokê. Tente cantar as notas mais altas, o olhar mais apaixonado, fazer a melhor performance de Van Morrison…”
Por que nós nos importamos: Os filmes “Crepúsculo” têm sido bem populares (cerca de US$ 800 milhões em bilheteria, US$ 1,8 bilhões no mundo), fazendo o ator de 24 anos o ator britânico mais bem pago em 2010, segundo a revista Vanity Fair. Essa é a revista, não o filme que o cortou da tela em sua quase estréia. O final de duas partes de vampiro sexy estréia com “A Saga Crepúsculo: Amanhecer (Parte Um)”, em novembro. Diz Pattinson, “É um filme de terror (risos). Por mais que pareça estranho, é um gênero totalmente diferente. A primeira parte é realmente um filme de terror à risca. O segundo é bem semelhante – bem, há umas coisas estranhas no segundo. O primeiro é meio: ‘Hein?’ (Risos). Ele realmente deixou a caixa para trás. Mas tudo bem – é uma filmagem muito longa, não há consistência para que filme estamos filmando a qualquer momento. Só sei que não há maneira de evitar a estranheza da história. Os pontos chave da história são as partes mais estranha. Pode acabar sendo um filme cult.”
Aspas: Pattinson admite que a fama chegou em sua cabeça um pouco, mas o que ele sente falta são coisas normais para um cara de sua idade. “Eu queria não ser tão paranóico sobre coisas. Sempre estou certo de que a principal coisa sobre as carreiras de atores jovens agora é estar superexposta, porque as pessoas parecem querer muito fazer isso – [sotaque americano forte]. ‘Meta a cara nessa porcaria’- Eu gostaria de poder evitar isso, tirar do meu cérebro. Mas quando você está trabalhando, você não pode fazer nada mesmo; Eu vou direto para a cama. Eu gostaria de poder ir ao cinema com mais frequência. Assim que as pessoas sabem que você está no cinema, há esta energia horrível – ninguém está se concentrando no filme. Essa é a pior coisa. E não ser capaz de ficar incrivelmente bêbado em público.”
Fonte: SFGate
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