Talia Soghomonian, do The Independente, montou um livro chamado ‘Robert Pattinson, Kristen Stewart, Taylor Lautner – In their own words’ onde apresentam diversas entrevistas inéditas do trio! Abaixo, um trecho do livro onde Robert Pattinson fala um pouquinho sobre a experiência de Crepúsculo. Confiram!
Parecendo extremamente casual em uma velha camiseta, boné, calça jeans desbotada e um pouco de barba por fazer, Pattinson, 26 anos, parece feliz e relaxado em deixar o filme que mudou sua vida para trás. Como de costume, ele não fala sobre seu relacionamento com sua co-estrela Kristen Stewart, mas fala um pouco do que está por vir pós-Crepúsculo, bem como aborda os rumores sobre ele interpretando o papel principal na adaptação cinematográfica de 50 Tons de Cinza. Ele será a próxima estrela em Cosmopolis, de David Cronenberg.
Q: Então, agora que finalmente acabou, vamos voltar. Qual foi o momento mais emocionante para você no filme, incluindo o que nós não vimos ainda?
Robert Pattinson: De toda a série?
Q: Sim, o que mais lhe tocou e o mais difícil?
RP: Provavelmente aquele pouco no primeiro, quando Bella está no hospital, e ela diz: ‘Não me deixe de novo’, e eu digo, ‘Onde eu estou indo?’ ou algo assim. Eu ainda acho que é meio que minha cena favorita principalmente porque ela era muito diferente do que aconteceu depois, e inventamos as falas lá e foi assim que a gravação foi diferente. Como em todo filme depois, a idéia de inventar as falas, é meio inédito e por isso eu adorei isso. Mas o mais difícil foi, provavelmente, a cena do nascimento, na primeira parte desse, principalmente porque era hilário e era supostamente pra ser sério (risos). E havia uma cena onde nós tivemos que olhar diretamente para a câmera, e eu estava chorando de tanto rir, e eu tinha que ir para baixo e tirar o bebê a mordidas e eu estava tipo, tentando conter as lágrimas dos meus olhos, e parece que eu estou chorando na coisa. E eu supostamente não sou capaz de chorar como um vampiro e eu estou tipo chorando na cena, mas eu estava rindo.
Q: É legal ver Kristen interpretando e parecendo diferente como um vampiro? Ela é sexy e não mais desajeitada?
RP: Por alguma razão eu escutei Taylor na Comic-Con falando a parte desajeitada, e eu pensei, ‘Ela era desajeitada?’ (Risos). E todo mundo sempre falou sobre a falta de jeito. Mas sim, eu nunca entendi isso. É sempre o aspecto de jovens personagens femininas que supostamente é para ser pouco atraente sobre elas quando elas claramente não são pouco atraentes? (Risos) É tipo, ela é muito desajeitada, e eu nunca conheci uma pessoa genuinamente desajeitada ou notei alguém que fosse fisicamente incapacitado por ser tão desajeitado, (risos), é tão estranho.
Q: Você acha que tem a qualidade de ser um cavalheiro fora de seu tempo?
RP: Eu não sei. Eu acho que eu sou tipo relativamente sensível. Além disso, eu tinha duas irmãs mais velhas, então eu cresci com muitas garotas e então eu acho que tenho uma mentalidade diferente por causa disso. E eu nunca joguei em nehuma equipe de esportes ou qualquer coisa, (risos), então eu acho que todas essas coisas se somam a isso. Mas sim, eu quero dizer, eu não sei porquê, mas eu não estou sendo escalado como eles mais. (Risos)
Q: Você gosta desse tipo de personagem?
RP: Sim, às vezes, às vezes é muito bom. Eu estava assistindo ‘Água Para Elefantes’ na TV outro dia, porque não fica tão absurdamente diferente a ponto de eu nem me reconhecer e eu pensei que era muito doce. É como um filme antigo, e sim, é muito divertido de interpretar. Quando você está fazendo isso, é meio chato, porque os meus instintos querem ir para o lugar absolutamente possível e você sabe que nunca, essa pessoa nunca faria isso, e a maioria dos personagens que eu interpreto são pessoas naturalmente amáveis o que é muito bom, porque pessoas não são realmente muito gentis.
Q: Então, você tem esse tipo de desejo de fazer alguma coisa agora, interpretar o cara mau, o cabeça de bagre?
RP: Eu meio que sempre fiz até Crepúsculo. Tipo, além de Harry Potter, eu quero dizer, cada peça que eu interpretei é sempre meio que tipo estranho. Mas eu não sei, eu penso coisas meio aleatórias, o filme que estou fazendo em seguida, é um cara real, um interrogador e ele não é particularmente estranho ou qualquer coisa, ele é meio, tipo que, bem, ele é um pouco estranho.
Q: Qual é o seu próximo projeto?
RP: É sobre o cara que encontrou Saddam Hussein. É um interrogador militar, baseado nesse cara chamado Eric Maddox. É essa história maluca, mas ele basicamente falou com cerca de 250 pessoas, nenhum dos quais estavam em nenhum lista dos mais procurados dos Exércitos do EUA, e encontrou Saddam Hussein quando ninguém sequer sabia que ele estava no Iraque. Então foi uma história interessante.
Q: Você já leu 50 Tons de Cinza e você sabia que foi baseado em você e você estrelaria isso?
RP: Eu acho que a autora me escreveu fora disso. Eu vi algumas entrevista anteriores e eles ficaram, oh, isso nunca poderia ser ele. E fiquei tipo, ‘Ei, eu vou fazer você pagar por isso.’ (Risos)
Q: Ela disse que você nunca poderia desempenhar o papel que foi baseado em você?
RP: É engraçado ver todos esses outros atores tão abertamente como competindo por isso. Eu nunca vi isso acontecer antes. É tão estranho. Eu não li a coisa toda, eu li partes dele, há um livro chamado 50 Galpões de Cinza, (risos) você já viu esse livro? É incrível, apenas um livro de imagens de 50 galpões cinzas, (risos), e está, literalmente, na lista do New York Times dos mais vendidos. As pessoas têm a leitura errada. (Risos)
Q: Você disse que acabou de assistir Água Para Elefantes. Como você se sente quando vê os seus próprios filmes? Sempre leva um tempo para você separar de si mesmo?
RP: Sim, dois anos, pelo menos. Mas eu realmente gosto do primeiro filme de Crepúsculo agora, porque está constantemente na TV, (risos), então eu vi tipo umas seis vezes, mas eu me lembro de vê-lo pela primeira vez na estréia e eu tive que sair. Eu saí e eu me sentei no carro e foi meio que devastador para mim. Eu comecei a ter um ataque de pânico no cinema, e então eu corri para fora e entrei no carro, e eu nem percebi que havia alguém me filmando pela janela do carro, eles estavam bem perto de mim e eu estava sentado tipo “Oh Deus!” Agora é um pouco diferente. Mas acho que é realmente difícil assistir coisas embora eu assisti Cosmopolis e porque é tão estilizado descobri que não é muito difícil de assistir.
Q: O que você pensa quando você vê a si mesmo no cinema?
RP: Eu realmente não sei o que estou fazendo quando eu estou fazendo isso, (risos) eu acho uma boa parte do tempo que é como jogar uma moeda e se algo sai bom ou não quando você está fazendo isso, mesmo na cena… Eu não entendo esses atores que podem transformar-se de forma consistente para trabalhar e estar apenas como em ‘modo de interpretar’. E serem realmente bons o tempo todo. Tipo eu poder literalmente entrar em um set e não ter absolutamente nenhuma idéia, eu fiz toda a minha preparação ou o que quer que seja e não ter idéia do que vai acontecer até eu abrir a minha boca. E eu também posso sentir que algo foi terrível, quando é a melhor cena do filme ou o que seja. Eu nunca tenho idéia.
Q: Você é um ator de método.
RP: (risos) Eu não sei se eu sou completamente unido em meu próprio método.
Q: Você teve que se preparar de forma diferente para este? Havia muitas cenas físicas e também, qualquer coisa que você pode nos falar sobre a seqüência final, como foi para filmar?
RP: É tão engraçado, (risos) que supostamente é para ser um segredo, mas eles colocam no trailer, que nem a Summit falando ‘Não fale sobre a batalha’ e eu fico tipo ‘Está no trailer, do que você está falando? ‘(risos) Mas, sim, eu fiz toneladas. Eu malhei muito no início, porque eu tinha que começar sem a minha camisa, mas é isso, (risos) mas nós filmamos o material da batalha no final. E então eu estava totalmente fora de forma a esse ponto. (Risos)
Q: Como você faz isso?
RP: Eu estou bem em fazê-lo. É um filme de luta, você realmente não tem que estar em forma, porque não é realmente como a luta normal, que você tem que ser bem malhado, e eu sou muito mal-coordenado. Eu sou muito desengonçado, e para mim é fácil para mim meio que fazer isso, porque se você estiver dando um soco, você dá um soco e ele é muito longe, onde a maioria das pessoas que realmente fazem boxe ou algo, estão tão acostumados a fazê-lo perto e isso é tão falso para eles. Mas eu acho esse tipo de coisa muito fácil, e posso fazê-lo em um ou dois takes. Tipo todos os outros que estavam realmente em boa forma física tiveram que fazer em 10. Mas a única coisa chata é o fio, mas eu nunca vi ninguém que fosse bom em qualquer coisa com um fio, é sempre através do operador. Se você receber uma equipe de fio bom, então você vai ficar bem. Se algo não está bem organizado, você vai parecer terrível, não importa o quanto você é bom nisso.
Q: Você estava com medo?
RP: Eu quero dizer, na maioria das vezes você estava tão cansado, (risos) o tempo todo você estava apenas passado pela ação.
Q: Você tem uma lembrança do set?
RP: Eu tenho quase todos os traje do primeiro porque eu estava usando aquilo por cerca de dois anos, (risos) depois.
Q: Você está na cena do baseball, você tem um equipamento de beisebol?
RP: Não, isso foi tipo alugado. Estávamos com o orçamento muito baixo no primeiro. (Risos)
Q: Qual foi o favorito que você guardou?
RP: Eu tive esses jeans que eu mantive. Eu literalmente comprei todas essas roupas e fui até a empresa para me pagar de volta no primeiro. Você podia fazer qualquer coisa no primeiro filme, foi uma loucura. Eu estava preso em Vancouver pegando meu visto pessoalmente. Eu comecei apenas emprestando meus trajes (risos) e os mantive por todos os anos depois.
Q: Que diferença.
RP: É. E o engraçado é que eu tinha todas essas coisas do primeiro. Eu estava usando marcas independentes de lojas legais em Vancouver e em seguida, no último, cada vez mais que o dinheiro se envolvia, então havia esses contratos com as empresas de roupas e tipo, se você olhar para o último, todos os vampiros estão usando G Star ou Bellstaff. (Risos) Não importa de qual lado estão, (risos) é uma loucura. E todos eles têm a etiqueta do lado também. É doido. (Risos)
Q: Depois de todos estes anos, do que você mais sente falta?
RP: Há algo incrivelmente familiar e agradável sobre isso e é normalmente o que você está fazendo quando você entra em um set de filmagem onde você conhece todo mundo, como normalmente é como no primeiro dia de aula cada vez que você começa, mas quando você conhece as pessoas. É estranho e é bastante agradável. Como quando você está fazendo um trabalho onde tudo muda o tempo todo, como um programa de TV, mas, ao mesmo tempo, é uma das grandes coisas em atuação (risos), você pode simplesmente deixar todo mundo para trás.
Q: Depois de todo esse sucesso, o que você faz para manter pés no chão?
RP: Eu não sei, eu quero dizer, eu acho que eu sou uma pessoa genuinamente insegura, e por isso não é muito difícil para mim. Quer dizer, mais ou menos tipo, eu acho que mesmo se alguém dizer que algo é bom você tem que ser muito burro para deixar subir à sua cabeça, especialmente agora, quando tudo sobre sua vida é relatado. Eu não entendo as pessoas que ainda têm um grande ego, que são atores. É como se todos soubessem quem você é, todo mundo sabe que você é apenas um idiota vazio, (risos) e isso é o que todo ator é. (Risos)
Q: O que você mais sente falta de fazer que você não pode fazer agora?
RP: Eu realmente sinto falta de ir ao cinema, especialmente em LA, porque LA tem os melhores cinema do mundo. Eu costumava ir quatro, cinco vezes por semana, e apenas ser capaz de simplesmente, quero dizer, esse tipo de coisa óbvia do anonimato, você quer ser capaz de se sentar em um lugar e não se preocupar e apenas ouvir as pessoas ou observar as pessoas e sao os telefones com câmera, são os telefones com câmera e TMZ, estragou tudo. E, em alguns anos, as pessoas vão ficar tipo Deus, eu desejava nunca ter entrado no TMZ, agora já estragamos tudo nós mesmos. (Risos)
Q: Qual é a melhor coisa que você tem?
RP: Ser capaz de fazer este trabalho. Quero dizer, é o melhor trabalho do mundo. Eu só desejava ter conseguido isso há uns tipo 12 anos atrás. (Risos)
Q: Obrigado.
Fonte: robsessedpattinson
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