agosto 11, 2012

Entrevista traduzida da Entertainment Weekly com elenco na nova edição da revista sobre Amanhecer – Parte 2

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Para sempre – As palavras e o conceito – é um grande negócio dentro do universo Crepúsculo.

“Para sempre” é o slogan nos primeiros posters de Amanhecer – Parte 2, bem como a meta para o capítulo final da franquia de sucesso: um eterno felizes-para-sempre para Bella, Edward e Jacob. Os frequentadores do cinema que seguem o trio com uma intensa devoção desde que o primeiro filme apareceu em 2008, querem ou esperam nada menos.

Na vida real, considerei, “para sempre” pode ser mais evasivo. Quando as imagens de Kristen Stewart, 22, beijando o seu diretor casado de Branca de Neve e o Caçador, Rupert Sanders, 41, surgiram em 24 de julho, chicotearam os meios de comunicação em uma comoção quase histérica. A atriz emitiu um pedido de desculpas público imediato, dirigido ao nunca-antes-confirmado-com-quem-ela-vivia namorado, Robert Pattinson, 26: “Esta indiscrição momentânea comprometeu a coisa mais importante em minha vida, a pessoa que eu mais amo e respeito, Rob. Eu o amo, eu o amo, eu sinto muito”. Que só conseguiu aumentar o furor.

Vamos apenas dizer que as pessoas tomaram as notícias bem pessoalmente. O The Sun, de Londres, declarou que Stewart é a mulher mais odiada em Hollywood. Fãs apopléticos inundaram o Youtube com vídeos indignados. O Daily News, de New York, rotulou-a de “trampire” (algo como vagabunda + vampira). Tanta mordacidade sendo amontoada sobre uma jovem, solteira mulher é tanto desanimador quanto injusto (você se lembra de fazer qualquer escolha insatisfatória aos 22?). Mas ressaltou o quanto é indistinta a linha entre a ficção de Crepúsculo e essa realidade de jovens atores.

Para melhor ou pior, Stewart e Pattinson e seu muito – especulado – romance sempre foi entrelaçado com a relação das suas contrapartes ficcionais, Bella e Edward. Em Amanhecer – Parte 2 (que sai em 16 de novembro), a recém-casada Bella é finalmente uma vampira e ela pode passar a eternidade apaixonada com seu marido. Ninguém pode saber o que vai acontecer na vida privada de Pattinson e Stewart, que são muito humanos. “O fato é, esses são atores interpretando papeis”, disse Bill Condon, diretor de Amanhecer – Parte 1 e 2. “Talvez isso não seja uma coisa ruim para as pessoas lembrarem disso”. Condon, que disse que não tem falado com as jovens estrelas desde que a história começou no mês passado, compreensivelmente quer fãs para assistir seu filme sem deixar que a confusa vida real fique no caminho. “Ambos esses atores deram o corpo e a alma para os filmes de Crepúsculo, não apenas durante as filmagens, mas também por navegarem tão graciosamente toda a vida com aspecto de aquário de peixes do fenômeno”, ele disse. “Acima de tudo, eles sempre demonstraram grande respeito pelos fãs que fizeram destes filmes um sucesso. Agora é a hora de algum desse respeito ser devolvido a eles”.

Cerca de uma semana e meia antes da implosão de universo Crepúsculo, EW sentou com Stewart, Pattinson e Taylor Lautner em uma tarde ensolarada em San Diego. [Nada parecia errado. Na verdade, o trio estava particularmente relaxado depois de enfrentar seu painel final na Comic-Con. Lautner, 20, estendeu-se em sua poltrona. Stewart tirou os sapatos e se enrolou em um sofá ao lado de Pattinson, ocasionalmente inclinando para acotovelá-lo quando sua atenção diminuia ou suas respostas maneiravam.] Não que você possa culpá-lo. Amanhecer – Parte 2, que Pattinson chama de “mais estranho que todos os outros filmes juntos”, é realmente um filme difícil de explicar. A Parte 1 foi toda sobre o casamento de Bella, a lua de mel dela, sua gravidez, e o parto violento de uma garotinha que tecnicamente a matou, mas também a permitiu retornar como membro de pleno direito do clã de vampiros Cullen. A Parte 2 se arrisca ainda mais distante da realidade com quase todo mundo no filme (exceto o pai de Bella, Charlie) sendo um vampiro ou um membro da alcatéia de Jacob. Assim, há mais um monte de ação. “O segundo filme começa exatamente onde o primeiro termina, mas é quase como se eles estivessem em gêneros diferentes”, disse Condon, que filmou os dois filmes simultaneamente.

Interpretando uma vampira no lugar de uma desajeitada estudante, Stewart se aprofundou em seu papel com garras e dentes. Ela persegue ferozmente sua presa na floresta – a Comic-Con aplaudiu alto a cena onde ela abate um leão da montanha – e parece mais alta, sexy e, de alguma forma, mais perigosa nas telas. Enquanto isso, Jacob, que passou muito da série ansiando por Bella, encontra o verdadeiro amor depois de “imprintar” na filha criança de Edward e Bella, Renesmee (interpretada pela novata de 11 anos Mackenzie Foy). Como se tudo isso não fosse complicado o bastante, o verdadeiro drama da Parte 2 é uma cortesia de uma falha de comunicação infeliz com a classe dominante vampírica conhecida como Volturi, que acredita equivocadamente que Renesmee nasceu humana e então se transformou. (Bebês vampiros são uma violação na lei vampírica, a punição é a morte para ambos, a criança e quem a transformou.) Claro, Renesmee é meio humana, crescendo em direção a vida adulta em um rítmo sobrenatural. Então, os Cullen montam uma aliança internacional de vampiros para testemunhar que Renesmee cresce e envelhece. Entendeu tudo isso? Bem, espere: mesmo os mais devotados leitores dos livros de Stephenie Meyer estão em um choque muito grande no terço final do filme, quando a trama se desvia do último romance em uma sequência idealizada por Meyer e a experiente roteirista Melissa Rosenberg em uma noite depois de um jantar. “Quando eu li o roteiro pela primeira vez, eu cheguei nessa parte e era como, ‘O quê?’”, Pattinson disse. “E então eu tive que voltar uma página”. Os atores enfatizam que eles esperam que a surpresa do filme não esape antes de 16 de novembro – então, não vamos spoilar nada aqui. Mas nós podemos dizer a você que mesmo aqueles avessos a mudanças estão mais do que satisfeitos, e provavelmente, emocionados, pela forma como a série termina. Os atores certamente estão. “Ele faz uma justiça séria”, diz Pattinson. Stewart acrescenta “É claramente feito por alguém que realmente gosta [da saga], que realmente se importa”, diz ela. “É por isso que Bill Condon é perfeito. Obrigada, Deus, por ele”. Ainda assim, chegar lá não foi sempre fácil. Filmar os dois filmes ao mesmo tempo tomou seis meses com muitas quedas ao longo do caminho. (“É muito fácil causar divergências em um elenco usando lentes de contato”, diz Pattinson sobre os obrigatórios olhos dourados de vampiro.) Para Condon, um dos grandes desafios foi representar a taxa de crescimento acelerado de Renesmee. Quase uma dúzia de meninas de diferentes idades deram suporte para Renesmee durante a produção, e o rosto de Foy foi digitalizado e adicionado depois, com F/X, como em O Curioso Caso de Benjamin Button. Mas antes de tropeçar em uma abordagem baseada em CG, Condon encomendou uma boneca de quase três metros de altura de Renesmee (“O robô-bebê”, como Pattinson o chama), que foi rapidamente considerado uma falha épica. “Você viu isso? Essa cooooisa”, Lautner disse, juntando-se a Stewart e Pattinson em risos. O adereço malfadado ainda tem seu próprio nome: Chuckesmee. “Chuckesmee foi uma falha de ignição gigante em todas as frentes”, Condon admite. “Na verdade, era uma das coisas mais grotescas que eu já vi. Foi um show de horror! Houve uma gravação onde eu falo ‘Corta!’ e de repente ela vira a cabeça e mecanicamente olha direto para a câmera. Foi incrivelmente perturbador”. (Condon promete que Chuckesmee, que nunca aparece no filme concluído, vai aparecer nos extras do DVD.)

“Toda sua vida está se tornando parte da performance”, disse Pattinson em julho. “As pessoas veem o personagem através de um prisma de como eles percebem você em público”. Essas percepções estão tomando uma surra na luz dos recentes acontecimentos, criando um novo desafio para a Summit Entertainment, o estúdio lança o filme, como ele se prepara para promover o capítulo final de Crepúsculo. ["Embora seja política do estúdio não comentar sobre a vida pessoal dos atores, a Summit está se movendo a todo vapor."] Nancy Kirkpatrick, diretora mundial do marketing da empresa, disse a EW. Mas as questões permanecem: O que acontece durante uma turnê internacional de divulgação e premiere com tapete vermelho quando as duas estrelas top-faturadas podem ou não podem estar se falando? As novidades irão mudar como o filme aparenta para os fãs? E o que isso vai afetar nos futuros projetos de Stewart e Pattinson? [O filme de Pattinson com David Cronenberg, Cosmopolis, chega aos cinemas em 17 de agostos nos Estados Unidos]; [On the Road de Kristen Stewart será lançado em 21 de dezembro nos Estados Unidos.] É tentador atribuir maior significado aos comentários que as estrelas de Crepúsculo fizeram em uma época mais inocente, apenas há algumas semanas atrás. Mas a verdade é que mesmo em San Diego, os atores já estavam se sentindo um tanto reflexivos com a sua jornada de quatro anos chegando ao fim, claramente chegando a um acordo com as várias maneiras como a franquia os mudou. Que lições de vida eles aprenderam com seus personagens? EW perguntou. Lautner respondeu primeiro. “Eu respeito o quão apaixonado e persistente Jacob é em relação ao que ele ama e ao que ele quer. Ele não vai deixar que nada o impessa disso. Essa é a coisa que está presa em mim”. Pattinson ficou maravilhado com a campacidade imperturbável de Edward em se manter racional. “É estranho. Durante toda a série, é como, ‘Hey, esse cara está tentando ser sensível! Vamos pensar nisso.’ E todo mundo está tipo, ‘Fod@-se!’”, ele disse com uma risada. “Mas o que você aprendeu?”, cutucou Kristen. Pattinson respondeu, ainda rindo: “A não ser pragmático. Seja um idiota emocional”.

Então Stewart entrou na conversa sobre a sua luta constante para conquistar uma vida pública que se sente autêntica. ““Eu nunca fui capaz de formar totalmente essa coisa, essa persona, que algumas pessoas são tão boas nisso. Isso é uma arte. Eu conheço um monte de atores [que podem fazer isso] e vocês não são eles”, ela disse apontando pra Lautner e Pattinson. “Você acabou de apontar pra gente?” Pattinson perguntou. “Sim”, Stewart disse. “E graças a Deus! Eu não gosto de pessoas assim”, Stewart disse. “Pessoas que são completamente uma não-pessoa, mas de alguma forma através das lentes parecem como se eles fossem interessantes e engajadas. Eu me preocupo muito mais com as pessoas que estão na sala. Eu não quero que ninguém saia e diga, ‘Deus, essa garota é tão falsa’. As pessoas me dizem para eu tornar isso fácil para mim e para interpretar uma personagem quando eu saio dos tapetes e outras coisas”, ela disse. “Mas você quer saber? Eu prefiro ser eu.”

Transcrição: Robstendreams

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